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O diabetes é uma doença endócrina que causa elevações nos níveis de açúcar (glicose) no sangue. A longo prazo esse excesso de glicose circulando pelo corpo resulta em danos para as diferentes células do corpo, inclusive as células dos vasos e dos nervos:
Nos vasos causa uma inflamação e deposição de gordura conhecida como aterosclerose que, com o passar do tempo, reduz cada vez mais o calibre interno das artérias, dificultando a chegada do sangue (e consequentemente do oxigênio e nutrientes) para as células.
Nos nervos a lesão das células prejudica a transmissão nervosa das informações, levando a perda de sensibilidade, alterações motoras (e deformidades dos pés por mudanças do posicionamento e distribuição do peso do corpo sobre os mesmos), diminuição ou abolição da transpiração do pé (com ressecamento da pele e tendência ao aparecimento de descamações, calos e fissuras) e/ou dor crônica.
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Sendo assim, os pacientes diabéticos de longa data tendem a ter um risco maior de feridas nos pés pois a perda de sensibilidade facilita o aparecimento de lesões, seja por sapatos apertados, seja por traumatismos não percebidos pelos pacientes durante uma caminhada rotineira. A circulação sanguínea diminuída dificulta a cicatrização das lesões e também reduz o aporte de células de defesa para a pele, expondo o paciente ao desenvolvimento de infecções que, em diabéticos, podem se tornar muito graves, colocando em risco não só os pés ou pernas dos pacientes, mas também suas vidas.
Felizmente o pé diabético é, talvez, de todas as complicações do diabetes a que mais pode ser evitada com medidas de educação e cuidados simples dos pacientes, reduzindo em 40 a 50% as chances deles sofrerem amputações em algum momento de suas vidas.