Vou sentir dor ao “secar” os vasinhos?

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O medo de sentir dor ao tratar os vasinhos é um tema bastante comum no consultório vascular e a resposta a essa pergunta depende de uma série de fatores.
Em primeiro lugar a sensação dolorosa varia entre as pessoas pois cada um tem um grau de tolerância aos estímulos que podem gerar dor. Uma mesma pessoa também pode apresentar variação nessa sensibilidade dependendo do seu estado emocional, da fase do ciclo menstrual em que se encontra (mulheres na TPM tendem a ficar mais sensíveis à dor) e de condições locais (algumas regiões do corpo são mais dolorosas pois possuem mais receptores de dor).
Em segundo lugar as condições ambientais também contribuem para a sensibilidade dolorosa. Estar confortavelmente posicionado, em ambiente de temperatura agradável, ouvindo uma música gostosa durante uma conversa descontraída também pode levar a um relaxamento que diminui a dor durante o procedimento.

A habilidade técnica no profissional (se ele tem uma “mão mais ou menos pesada”) vem em terceiro lugar. A escolha dos materiais e substâncias a serem usados, a velocidade do procedimento e a adequação de diferentes técnicas a cada paciente são uma habilidade médica adquirida com o tempo, demandando dedicação, atenção e sensibilidade às características e peculiaridades de cada paciente.

Sendo assim, o vascular pode, além de propiciar um ambiente confortável e agradável para seu paciente, usar algumas estratégias técnicas para diminuir a sensação dolorosa do procedimento:

  • Algumas substâncias esclerosantes são menos dolorosas que outras;
  • É possível associar medicações anestésicas tópicas ou injetáveis em alguns casos;
  • O uso do resfriamento da pele no local a ser tratado com um jato de ar frio (em nosso consultório usamos um equipamento chamado Freddo) diminui temporariamente a sensibilidade local, promovendo uma “anestesia” antes da aplicação.

Por último, outro fator que considero determinante na experiência dolorosa ou não do procedimento é o grau de esclarecimento do paciente e, relação à doença, ao tratamento, aos resultados a serem obtidos e à duração desses resultados. Ter uma boa relação com seu médico vascular e questionar todos os pontos sobre os quais tem dúvida sobre o tratamento é essencial.

Conhecer o caminho a ser percorrido, saber dos obstáculos a serem vencidos, ter em mente o ponto de chegada e estar equipado com todo equipamento necessário para o trajeto são fundamentais para o sucesso do procedimento, tornando-o mais agradável e menos doloroso.

Dra. Nelise Luciano Marvulo Guimarães 
Cirurgia Vascular e Ecografia Vascular
CRM-SP 129.367

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